SHARE.EAAD #30 Martinho Kutaya | Arquitetura Moderna em Luanda: Reflexões sobre o Legado Colonial Português, Sustentabilidade e Identidade Cultura

 

Após a colonização, cessada a prolongada guerra civil (1975-2002), constata-se, ainda, na cidade de Luanda a massa edificada que se pode identificar como produção colonial, e por consequência pertencente ao estilo “modernista”. A figura de Vasco Vieira da Costa enquanto arquiteto influente do Moderno em Luanda é preponderante, suas obras abarcam uma variedade de programas e tipologias, desde “As Cidades Satélites ao Mercado do Quinaxixe”, permitindo estudar a influência do Movimento Moderno na sociedade de Luanda, e numa visão dedutiva, discutir o impacto do colonialismo no ambiente construído e a criação de diferenças raciais nos espaços urbanos e arquitetónicos. No contexto em que se procura reconhecer os edifícios do Movimento Moderno em Luanda enquanto patrimónios arquitetónicos, sugere-se a pergunta: o que é o “património” na perspetiva daquele (povo) que terá sido colonizado?

 

Biografia
Martinho António Kutaya (1997), arquiteto e investigador, focando-se em “Arquitetura Moderna, Estudos Coloniais e Preservação do Patrimônio em Luanda”. Com mestrado em Arquitetura pela Universidade da Beira Interior, destacou-se como ex-bolseiro de mérito (2017-2022) do INAGBE. Atualmente, doutorando na Universidade do Minho, sua pesquisa foca-se na interseção entre arquitetura e cultura em Luanda. Reconhecido com o Prêmio de Melhor Estudante do Ano (2022), demonstra compromisso contínuo com a prática, “shortlisted” em concursos Young Talent Architecture Award e o Archiprix, Museum of Emotion. Colaborou em projetos de recuperação patrimonial no atelier aNC Arquitectos (2020 e 2022), e atualmente colabora com “Koncreto Arquitetura Design & Construção”.

 

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Imagem: montagem produzida pelo autor