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Colectivo FIELD vence uma de 2 bolsas de criação Diogo Seixas Lopes MAC/CCB
Projeto «Columba Livia sp. Domestica: Agente Crítico de Descodificação de Políticas Espaciais»
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O coletivo FIELD, composto por António Pedro Faria, João Francisco Sousa, Nádia Santos, Miguel Teodoro e por Tiago Ascensão (EAAD/Lab2PT), ganhou a Bolsa de Criação Diogo Seixas Lopes, com o projeto «Columba Livia sp. Domestica: Agente Crítico de Descodificação de Políticas Espaciais», que propõe um olhar indisciplinar sobre o pombo como agente crítico e interface metabólico de descodificação de dinâmicas espaciais, socioculturais e geopolíticas.
Ao longo da história, a relação entre humanos e pombos oscilou entre a veneração e a marginalização. De mensageiros a símbolos de resistência, de espécies-sentinela a praga urbana, os pombos desafiam categorizações rígidas entre domesticado e selvagem, útil e descartável, centro e periferia. O projeto mapeia e ativa ligações transterritoriais entre áreas periféricas rurais e centros urbanos, repensando a interação entre humanos e columbídeos para lá das narrativas convencionais de praga e controlo.
Fruto das inquietações em torno da relação da arquitetura com a sociedade e com o território, o coletivo FIELD reúne uma equipa multidisciplinar, com percursos diversificados e complementares. Partilham experiência editorial, curatorial e de projetos de investigação, nos campos da arquitetura, cenografia, arte e design. Para o coletivo, a investigação artística e a análise territorial é guiada pela intenção de operacionalizar as ferramentas da arquitetura e de análise espacial, aliando-as a práticas anti-extrativistas e a territórios em disputa que confrontam projetos e lógicas que desconsideram a complexidade temporal e interespécie dos ecossistemas culturais e ambientais.
© Fotografia estroboscópica de um pombo a caminhar, mostrando o movimento típico do seu cabecear, retirado de «The Optokinetic Basis of Head-Bobbing in the Pigeon,» de B. J. Frost, Journal of Experimental Biology, vol. 74, 1978