O mausoléu de São Frutuoso de Montélios (Braga, Portugal) é um dos locais mais paradigmáticos para o estudo da arquitetura portuguesa da Antiguidade Tardia e da Alta Idade Média. O monumento é uma presença incontornável nos estudos de história da arte, que se debruçam sobre as mais antigas referências do cristianismo na região, e tem sido o centro de um intenso debate ao longo do século XX. De um lado estavam os defensores das origens visigóticas do edifício e do outro os investigadores que defendiam a relevância das influências estilísticas moçárabes.
No âmbito do projeto de Conservação, Valorização e Promoção do Convento de S. Francisco de Real liderado, na componente arqueológica, pela Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho, foi possível realizar uma análise detalhada do edifício e uma análise de algumas argamassas através de Luminescência Ótica Estimulada (LOE).

Esta investigação, financiada pelo Lab2PT, decorreu no Instituto Universitário de Geologia da Universidade da Corunha, e permitiu novos e interessantes contributos para a compreensão do monumento, nomeadamente a confirmação da cronologia da sua fundação, crucial para clarificar e validar o conhecimento histórico que temos do edifício. As amostras recolhidas na fundação do edifício confirmam as suas origens visigóticas. Estes resultados foram apresentados no congresso TechnoHeritage 2024 em Santiago de Compostela.

 

Autor principal do Lab2PT: Francisco Andrade
Outros autores do Lab2PT: Manuela Martins e Rebeca Blanco-Rotea
Autor de outro centro de investigação: Jorge Sanjurjo-Sánchez (Instituto Universitario de Geologia, Universidade de A Coruña)

 

 

Site do Congresso: AQUI