Lab2PT — Pessoas — Alunos de doutoramento
Perfil
José António Maia Moreira
Desde 01/01/2021
josemaiamoreira@outlook.com
Ciência ID
B71C-89B7-549C
Grupo Lab2PT
LandS - Paisagens e Sociedades
Área Científica
História e Arqueologia; Arqueologia
Orientação
Ana M. S. Bettencourt
Titulo do Projeto
Podomorfos do Norte de Portugal no Contexto da Arte Pós-Paleolítica
Resumo
O grande objetivo desta dissertação centra-se em aumentar o conhecimento acerca dos podomorfos, no Norte de Portugal. Para se proceder a esta investigação foi necessário delinear e recorrer a várias metodologias, entre elas, o trabalho preparatório de gabinete; a análise bibliográfica; a prospeção arqueológica e o estudo e discussão dos resultados obtidos. Até agora só existem dados completos para o Noroeste. Nesta região do país foram gravados 219 podomorfos, que se distribuem por 34 afloramentos, em 30 diferentes sítios. Estas gravuras situam-se, na sua maioria, entre os 200 e os 700 m de altitude, em zonas bem irrigadas e de fácil acesso. Normalmente, o domínio sobre a paisagem, a partir dos afloramentos com podomorfos, é amplo. Estes afloramentos são, na sua maioria, de proporções consideráveis, mas pouco marcantes no meio envolvente. Foram individualizados dois grandes grupos de podomorfos, os descalços e os calçados, existindo alguns pormenores diferenciadores dentro dos calçados, o que levou à criação de alguns subgrupos. Sabe-se, também, que a maior parte dos podomorfos desta região representam pés de pequenas dimensões, ou seja, abaixo dos 23 cm de comprimento máximo. Estes organizam-se em pares e isolados. Assumem diferenciadas orientações, apesar de existir uma tendência clara para se orientarem para noroeste. Quanto às técnicas utilizadas, estas foram, fundamentalmente, o baixo relevo, por percussão seguida de abrasão. A gravação destes motivos rupestres, no Noroeste português, poderá ter surgido nos finais do Calcolítico, inícios da Idade do Bronze, alcançando o seu auge no decorrer deste último período e terminando pelos inícios da Idade do Ferro. Coloca-se, ainda, a hipótese de que estes lugares poderão relacionar-se com rituais de passagem para o estado adulto, associados à “viagem” ou “peregrinação”, realizados em determinadas épocas do ano, especialmente durante o solstício de verão, o que materializa, também, a importância de cultos celestes associados a estes ritos.
Palavras-chave
Norte português, podomorfos, contextos, cronologias, significados
Referência FCT
2020.04732.BD
Unidade Orgânica
Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho