Lab2PT — Pessoas — Alunos de doutoramento
Perfil
Rui Miguel Carneiro Leal Ribeiro
Desde 30/06/2023
ID8234@alunos.uminho.pt
Ciência ID
3510-0F1A-2C61
Ciênciavitae
n/a
Grupo Lab2PT
SpaceR - Espaço e Representação
Área Científica
Arquitetura
Orientação
Francisco Manuel Gomes Costa Ferreira
Titulo do Projeto
Arquitetura e Educação: Perspetivas e transformações contemporâneas do espaço escolar do 1.º ciclo do ensino básico em Portugal
Resumo
As escolas são espaços que desempenham um papel de grande importância na vida dos seus utilizadores. Este espaço é de uma particular importância pois é nele que se encontram as grandes expectativas do futuro e nem sempre este teve a atenção necessária pelos atores do mundo da arquitetura. O arquiteto é fundamental no papel de criação desses espaços escolares. É por isso importante que a sua criação se baseie num estudo teórico acerca do espaço e das suas implicações e representações no campo da educação. Se (na contemporaneidade) à escola acedem todas as crianças, sem qualquer distinção de género ou classe, também esse conceito de diversidade deve estar plasmado no conceito teórico inerente ao próprio edifício. Se a casa de cada um, ao longo do nosso crescimento, representa um lugar de referência, também as escolas, que habitamos ao longo do nosso percurso de vida, ocupam um lugar de grande importância. Desde logo, numa dimensão quantitativa, se mensurássemos o tempo que lá passámos, conseguiríamos identificar esse espaço como primordial e estruturante nas nossas vivências quotidianas. Se, a esta evidência, acrescentarmos a formulação de Bañon sobre o conceito de que “habitar significa, estritamente, fazer com reiteração a mesma coisa no mesmo lugar”1 , então podemos considerar que, na súmula do nosso percurso, será esse o espaço mais habitado por cada pessoa. Por esse motivo e porque os hábitos, apesar da sua persistência vão também evoluindo, merece e exige uma permanente reflexão. Tendo como premissa esse ideal de espaço de hábitos e revisitando a evolução dos edifícios escolares do 1.º ciclo do ensino básico – antiga escola primária –, podemos observar uma crescente preocupação em dotar as escolas de condições de domesticidade, ou seja, de garantir, intencionalmente, uma melhoria no conforto e na qualidade espacial. Disso é exemplo o Programa Nacional de Requalificação da Rede do 1.º Ciclo do Ensino Básico e da Educação Pré-escolar (doravante designado por Programa) através do qual o 1 Bañon, 2004: 65 2 poder central prevê “num trabalho de proximidade com as autarquias a recuperação ou construção de estabelecimentos de ensino”2 . Ao espaço escolar tem sido dedicada, nos dias de hoje, uma preocupação crescente por parte de todos os agentes que de algum modo interferem no seu planeamento, conceção e utilização. É neste contexto que o campo disciplinar da arquitetura e, em particular, os arquitetos-autores são convocados a incorporar um sentido de responsabilidade social e pública que implica a inevitabilidade positiva em atender aos desígnios pedagógicos e de dialogar com os agentes educativos, de modo a concretizarem espaços capazes de desempenhar o papel de terceiro professor.
Palavras-chave
Disponível em breve
Referência FCT
Disponível em breve
Unidade Orgânica
Escola de Arquitetura, Arte e Design da Universidade do Minho