Projetos
2021 - A Monumentalidade Crítica de Álvaro Siza – Projetos de Renovação Urbana depois da Exposição Internacional de Lisboa de 1998
Entre 2021 e 2023, uma equipa coordenada por Paulo Tormenta Pinto e Ana Tostões desenvolveu o projeto de investigação “A Monumentalidade Crítica de Álvaro Siza – Projetos de Renovação Urbana depois da Exposição Internacional de Lisboa de 1998”. O livro “A Monumentalidade Crítica de Álvaro Siza” é o resultado desse trabalho constituindo o fruto da partilha científica e pedagógica realizada entre investigadores, professores e estudantes de arquitetura. O papel dos arquivos foi determinante neste processo, conduzindo a equipa de investigação no lastro das fontes primárias associadas aos projetos e aos pensamentos de Álvaro Siza, muitos deles expressos em notas soltas nas margens dos desenhos. O arquivo do Canadian Center for Architecture (CCA), de Montréal, constituiu-se como plataforma fundamental da pesquisa, contendo uma parte significativa do espólio de Álvaro Siza, incluindo documentação relativa aos casos de estudo abordados na investigação e cadernos de esquissos que permitem deambular sobre as visões, convicções e hesitações associadas aos vários projetos. No plano nacional, o arquivo da Fundação Calouste Gulbenkian foi determinante, é aí que se encontra depositada a maioria da documentação relativa às obras do sul de Portugal, nomeadamente os materiais relativos ao Pavilhão de Portugal que serviram de base à pesquisa. O arquivo pessoal de Álvaro Siza que se encontra na esfera do escritório da Rua do Aleixo, no Porto, foi de grande importância, tendo sido disponibilizados materiais e documentos relevantes.
O Pavilhão de Portugal, projectado para a Expo’98, é o ponto de partida desta pesquisa, apresentando-se na sua singularidade como momento central de um processo de renovação urbana, com repercussões na consciência política do final do século XX. Em Portugal, os ecos dessa política prolongaram-se após a exposição de Lisboa, consolidando uma ideia urbanística que vinha sendo teorizada desde o final da década de 1980. A leitura dos territórios num tempo longo e a imersão na cultura arquitectónica são pressupostos invariáveis na abordagem de Siza e alicerces discursivos sobre a “monumentalidade”.
FCT/SIZA/CPT/0031/2019
FCT
Arquitetura
2021
Paulo Tormenta Pinto Ana Tostões
Pedro Baía