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Exhibition ‘Cartografia Manuel Botelho, obra e projecto’
12 November 2022 to 21 January 2023 | Palacete Lopes Martins (Porto)
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A Exposição ‘Cartografia Manuel Botelho, obra e projecto’ inaugura no dia 12 de novembro, às 15h00, no Palacete Lopes Martins no Porto. A apresentação será feita por Bruno Baldaia, Duarte Belo, Luís Urbano e José Salgado. No seu encerramento, a 21 de janeiro, será apresentada a publicação ‘Manuel Botelho, obra e projecto’ editada pela Circo de Ideias e terá lugar uma mesa-redonda com a participação de Jorge Figueira (moderador), Carlos Machado, Manuel Mendes, Maria José Casanova e Pedro Bandeira.
Comissariada por António Neves, Bruno Baldaia, Carlos Maia, Duarte Belo e Luís Urbano a Exposição resulta de uma parceria entre a Fundação Marques da Silva (FIMS), a Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP), o Centro de Estudos de Arquitectura e Urbanismo/FAUP (CEAU/FAUP), o Laboratório da Paisagem, Património e Território (Lab2PT) e a Escola de Arquitetura, Arte e Design da Universidade do Minho (EAAD-UM); e conta com o apoio à divulgação da Secção Regional do Norte da Ordem dos Arquitectos (OA- SRN).
Cartografia Manuel Botelho, obra e projecto.
A exposição ‘Cartografia Manuel Botelho, obra e projecto’ propõe-se abarcar num olhar a obra do arquiteto Manuel Botelho. A sua singular produção atravessa mais de três décadas e cruza a arquitetura; o design de objetos; a reflexão teórica vertida para a escrita; e a docência. Assinala também o depósito do seu acervo na Fundação Instituto Marques da Silva.
Aqui apresenta-se uma seleção de projetos de diferentes escalas, programas e enquadramentos que integram o corpo de trabalho de Manuel Botelho. É uma selecção que procura ser representativa de um trabalho que translada para uma prática de arquitectura um posicionamento reflexivo, uma forma de ver o mundo. A obra de Manuel Botelho é uma cartografia de um lugar desde onde vê o mundo. O percurso de um personagem complexo que trouxe essa complexidade aos seus projectos, à sua obra escrita e construída, e à vida que nelas se pode fazer. É também um testemunho de um papel para o arquitecto -que pensa, constrói e define- que está em crise e em provável desaparecimento.
A arquitectura de Manuel Botelho vive com os seus conflitos -o universal e o específico, o industrial e o artesanal, o rural e o urbano, o íntimo e o público, o ilustrado e o real, o pensamento e a concretude.
Os trabalhos que aqui se reúnem, os que foram construídos e os que não o foram, são uma amostra de uma obra mais vasta de alguém que escolheu ser arquitecto e com isso abordar os vários aspectos desse ofício: o trabalho de atelier, a reflexão escrita e a docência. Nesta mostra o foco está sobre o trabalho de atelier. Ao longo de um périplo de exposições anteriores que tiveram lugar na Galeria da FAUP e na Garagem Avenida da EAAUM, procurou-se apresentar da forma mais alargada possível a extensão do trabalho de Manuel Botelho e do percurso de visita ao seu estado actual. O registo fotográfico documental dessas visitas pelo território de espaços construídos, de objectos do arquitecto, e dos lugares do seu quotidiano foi produzido por Duarte Belo (fotógrafo, arquitecto e antigo aluno de Manuel Botelho) e está reunido aqui nas salas do ‘Território Manuel Botelho’ e na publicação homónima editada pelo Museu da Paisagem.
CURRICULUM
Manuel Botelho, nasceu em 1939 na Vila de Rua, em Moimenta da Beira. Formou-se em arquitectura em 1979, na Facoltà di Architettura dell’Università degli Studi di Roma – La Sapienza, após frequentar o curso de Filosofia e de se licenciar em Teologia Sacra na Pontificia Università Gregoriana de Roma, em 1972. Fez toda a sua formação superior em Itália, primeiro em Teologia Sacra, pela Pontificia Università Gregoriana, e posteriormente em Arquitectura, pela Facoltà di Architettura dell’Università degli Studi di Roma – La Sapienza (Laurea em 1978, sob orientação de Ludovico Quaroni). Desenvolve, depois, a sua actividade em Portugal, em escritório próprio e praticando ativamente arquitectura, foi docente na Escola Superior de Belas Artes do Porto, entre 1980 e 1985, e na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto, entre 1985 e 2009, tendo lecionado unidades curriculares nas áreas de Projecto e de Teoria da Arquitectura. Possui uma vasta, diversificada e singular obra, que integra desde entre o desenho de objectos ao de habitação e de equipamentos públicos. Proferiu diversas conferências e participou em Seminários em Portugal, Espanha e Itália. O seu trabalho integrou várias exposições com destaque para a Europália 1991 – Arquitectura Contemporânea Portuguesa, que decorreu em Bruxelas.
Foi distinguido com o Prémio Nacional de Arquitectura Keil do Amaral (Primeiras Obras)
em 1989, com a Casa Dr. Barroso Pires, nomeado para o Prémio Mies van der Rohe 1994, e finalista do Prémio Secil de Arquitectura 2002.